sexta-feira, 3 de junho de 2016

Lançamento de cartilha e documentário marca o encerramento de projeto de formação de agentes socioculturais

Na última segunda-feira (30), foi lançado em Feira de Santana a cartilha e o documentário do projeto “Cultura Afro-brasileira e Identidade Nacional – Formação de Agentes Socioculturais”. O evento, realizado no Teatro Margarida Ribeiro, marcou o encerramento do projeto, que durante um ano trabalhou na teoria e na prática a influência da cultura africana na identidade de povo brasileiro.
Cerca de 250 pessoas de 15 municípios compareceram ao evento, que abriu com as falas da profª Tatiana Velloso, coordenadora do projeto, de Eudes Queiroz, representando o mandato do Dep. Valmir Assunção (PT-BA), e de Thays Carvalho, uma das organizadoras do curso. “O projeto representou um grande avanço no debate da cultura afro-brasileira e na unidade de diversos educadores, organizações e movimentos que construíram o projeto. Sem dúvida, é uma experiência que precisa ser registrada e compartilhada em diversas outras regiões”, afirma Thays.
Como parte do objetivo de replicar a experiência do curso em outras localidades, foi produzida uma cartilha que, além de sintetizar os conteúdos discutidos no projeto, traz propostas de metodologia e roteiros de debate. “Acreditamos que a experiência do curso foi muito profunda e intensa, por isso não deve se encerrar em si mesma. Através da cartilha, a sociedade poderá ter em mãos um guia metodológico para desenvolver o projeto na sua escola, bairro ou assentamento, por exemplo”, diz Advane Braga, também da organização do curso.

O ápice do evento foi, no entanto, a exibição do documentário do projeto. Fátima Santos, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Leia Odara, quilombola e membro do Levante Popular da Juventude e Lúcia Sampaio, coordenadora do Afoxé Filhos da Luz e da Consulta Popular foram as personagens do vídeo, que retratou o cotidiano dessas mulheres e de suas comunidades. Lorena Carneiro, que é organizadora do curso e compôs a equipe de filmagem do documentário, afirma que “a escolha de três mulheres negras, trabalhadoras e lutadoras não foi por acaso. Elas representam a diversidade da turma que construiu o projeto e resgatam a essência da cultura afro-brasileira e do nosso povo.”

Contribuição Afro-brasileira na Formação da Identidade Nacional

Apelidado de CAFIN – Contribuição Afro-brasileira na Formação da Identidade Nacional, o projeto tem apoio e realização da Fundação Palmares, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, FAPEX e Ministério da Cultura. Realizado em Feira de Santana, o curso reuniu cerca de 100 pessoas de 25 organizações de diversos municípios da Bahia, tendo por objetivo debater a cultura afro-brasileira e formar agentes socioculturais capazes de intervir de forma qualificada na transformação da sociedade.
O evento se encerrou com as apresentações do grupo Roça Sound e do Afoxé Filhos da Luz, que também recebeu um troféu em nome da organização do projeto pelos quase 30 anos de contribuição na resistência da cultura afro-brasileira em Feira de Santana.




terça-feira, 1 de março de 2016

Feira de Santana realiza Encontro Municipal no próximo sábado





Acontece no próximo sábado (5), o Encontro Municipal do Levante Popular da Juventude de Feira de Santana. Com o mote "O que a juventude quer dizer?", o evento contará com diversas apresentações culturais de artistas feirenses, bem como realizará oficinas e debates em torno da necessidade de organização e expressão da juventude. 

"Com o Encontro, queremos construir um espaço em que os jovens se sintam livres pra expressar sua arte, suas ideias e rebeldia, algo que poucos espaços na cidade possibilitam", afirma Thays Carvalho, militante do Levante de Feira de Santana. Além disso, o evento é uma preparação para o 1º Festival de Juventude do Portal do Sertão, que acontecerá no final de março e está sendo construído por diversos movimentos e organizações.

O Encontro Municipal do Levante Popular de Juventude acontecerá no Colégio Ferreira Pinto, localizado no conjunto Feira VI, a partir das 8:30h. Mais informações, clique AQUI.





Carta-compromisso do 1º Acampamento do Levante no Sisal

  



Entre os dias 26 e 28 de fevereiro, o Levante Popular da Juventude reuniu em Serrinha cerca de 70 jovens dos municípios de Araci, Serrinha, Quijingue, Cachoeira, Tucano, Teofilândia, Lamarão e Feira de Santana com o objetivo de organizar a juventude da região para construir o Projeto Popular.  Além de analisar a conjuntura atual, também pudemos debater as opressões que atingem a nós, jovens, como o machismo, racismo e LGBTfobia, bem como planejar e organizar o calendário de atividades e lutas para esse período.

Compreendemos que o nosso desafio enquanto juventude do projeto popular é estar ao lado do povo, lutar com a classe trabalhadora para defender sua vida e seus direitos. Não aceitaremos qualquer forma de injustiça ou opressão, e buscaremos empoderar aqueles e aquelas que sempre estiveram à margem da sociedade. Nossa tarefa principal é organizar todos e todas jovens para que eles e elas possam ser protagonistas da transformação da sua vida e da nossa realidade.

Por isso nos comprometemos:

1.Com a garantia a identidade do território do Sisal a partir da história, cultura e luta do seu povo;

2.Com a luta pela construção de uma democracia popular, que socialize com qualidade as terras, a água, a energia, os meios de comunicação, o acesso à saúde, à educação, à moradia, ao transporte.

3.Com a luta pela soberania, porque os povos devem tomar seu país e sua história nas mãos, sem serem sujeitados pelo imperialismo ou outros poderosos. O desenvolvimento deve ser ambientalmente sustentável e estar voltado ao interesse do povo.

4.Com a prática permanente de solidariedade com todos os povos que sofrem e lutam. Com atenção especial para nossos hermanos latino americanos, que carregam a mesma história de opressão e luta que nós.

5.Com a luta contra o machismo, na sociedade e dentro de nossa organização, pois, se os trabalhadores são explorados pelo sistema capitalista, as mulheres são duplamente oprimidas e exploradas: enquanto trabalhadoras, e enquanto mulheres, pelo sistema patriarcal. Temos que estar lado a lado com as organizações do movimento feminista no combate ao patriarcado, à violência sexista e à mercantilização do corpo e da vida das mulheres, assim como fomentar a auto-organização das mulheres do Levante.

6.Com a luta contra o racismo, dentro e fora de nossa organização, porque a população preta é a mais explorada da classe trabalhadora e mesmo depois de mais de 120 anos da falsa abolição continua sendo o alvo preferencial da violência de Estado. É necessário lutarmos junto ao movimento negro e outras organizações antirracistas para que possamos construir uma sociedade livre do racismo.

7.Com a luta contra a lesbofobia, a transfobia e a homofobia, também dentro e fora de nossa organização, 7porque não existem relações afetivas mais normais e comuns que outras, e nenhuma orientação sexual deve ser motivo para legitimar desigualdades e opressões.

8.Com a luta por um projeto de educação que sirva aos interesses do povo. Por isso, defendemos que exista um número suficiente de vagas tanto em creches quanto em escolas secundárias e universidades, bem como cotas sociais e raciais, no campo e na cidade. A educação só terá qualidade se estiver voltada para os interesses do povo, atendendo todas e todos.

9.Com a luta por transporte público, gratuito e de qualidade, enfrentando os aumentos nos preços de passagem.

10.Com a luta por ampliação do acesso à cultura e ao lazer, contra sua mercantilização. Lutaremos para que existam mais possibilidades de produção e troca culturais, como música, teatro, artes visuais, cinema, dança, e tantas outras formas de expressão. Também utilizaremos da cultura e do lazer como formas de resistência, de resgate da nossa história e da nossa identidade de povo brasileiro.

11.Com a luta contra o trabalho precarizado e informal. A luta pela garantia e expansão dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras (exploradas duplamente, no local de trabalho e em casa) é essencial para a criação de um país menos desigual. Pela jornada de 40 horas semanais, sem a redução de salários.

12.Com a luta contra o conservadorismo e a defesa da democracia. Não aceitaremos qualquer tipo de golpe ou retrocesso nos direitos do nosso povo!

Sabemos que para isso é extremamente necessária a massificação desta luta, trazendo cada vez mais jovens para o nosso projeto, porque só a juventude tem a força necessária para transformar essa sociedade. É com o trabalho coletivo, combatendo o individualismo e a estagnação, que tomaremos o futuro em nossas mãos. Esse é o caminho para a liberdade com que tanto sonhamos e precisamos para viver.

Construiremos uma organização com coerência: devemos fazer o que dizemos e dizer o que fazemos; com autonomia, construída por aqueles que trabalham no Levante; com estudo e disciplina, para dar cada passo com firmeza, conhecendo com profundidade o caminho que devemos trilhar; com o exercício decrítica e autocrítica, porque não devemos temer ou ocultar os erros, mas enfrentá-los de frente, para, então, superá-los.

Entendemos que serão esses compromissos que garantirão a construção do Levante Popular da Juventude, do Projeto Popular e da Revolução Socialista brasileira. A tarefa não é fácil: não esperamos ter todas as respostas nem construir tudo isso sozinhos, mas nos desafiaremos a dar tudo o que pudermos, porque devemos nos construir como a juventude que ousa lutar, que constrói alternativas e que é parte do povo brasileiro. Somente com alegria, amor e muita animação chegaremos lá!

 Juventude que ousa lutar constrói o poder popular!
Serrinha, 28 de fevereiro de 2016.



Confira mais fotos AQUI

domingo, 17 de janeiro de 2016

Carta Compromisso da Juventude Popular da Bahia - 28º Encontro Estadual do MST

Foto: Coletivo de Comunicação
Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Durante o 28º Encontro Estadual do MST na Bahia, que reuniu 1.500 militantes do movimento no estado, a juventude, a partir da 1ª Assembleia da Juventude Popular da Bahia, foi construída a “Carta Compromisso da Juventude Popular da Bahia” que apontou a necessidade de intensificar as lutas contra os oligopólios da comunicação, as opressões de gênero e raça, as transnacionais, o avanço do imperialismo, a tentativa de golpe pela direita, entre outros. 
Em contrapartida, a juventude defendeu: a democratização dos meios de comunicação, a Reforma Agrária Popular, o fortalecimento de um governo progressista e a realização de uma transformação social. 
Pensando nisto, se comprometeram, através de diversas atividades conjuntas, a formar politicamente a juventude do campo e da cidade e construir lutas coletivas contra o capital. 


Carta Compromisso da Juventude Popular da Bahia:

No dia 10 de Janeiro de 2016, no 28° Encontro Estadual do MST na Bahia, 400 jovens de todo o estado se reuniram na “1° Assembleia da Juventude Popular da Bahia”, com a proposta de consolidar a unidade entre os movimentos da juventude do campo e da cidade, na perspectiva de tocar lutas conjuntas para a construção de um projeto popular.

O ano de 2015 veio repleto de muita luta e também de muita resistência para todo  povo brasileiro, em específico para a juventude, que conseguiu demonstrar  através de ações, a força que tem, ficando visível a necessidade de estarem cada vez mais organizados para combater o projeto de morte da burguesia para a juventude.

Nos posicionamos contra:

O oligopólio da comunicação, pois não representa e nem atende aos interesses da classe trabalhadora; opressões como o machismo, o racismo, e a LGBTfobia; contra a invasão dos territórios através das empresas de mineração, das transnacionais, do agro e o hidronegócio, que expulsa a juventude do campo; genocídio do povo negro e dos povos indígenas; os avanços do imperialismo na América Latina e os ataques que tem feitos aos governos populares e progressistas; a tentativa de golpe contra a democracia; a criminalização dos movimentos sociais; a privatização e destruição dos bens naturais; a decomposição da cultura camponesa, indígena, afrodescendente e urbana.

Defendemos:

A democratização dos meios de comunicação, construindo uma comunicação popular; uma reforma agrária popular, entendendo a agroecologia como uma ferramenta em contraposição ao modelo de produção do capital; por implementação das políticas públicas para a juventude negra; o fortalecimento dos governos progressistas, pois compreendemos que só uma ampla reforma estrutural, protagonizada pelo povo, levará transformação social.

Nos comprometemos:

A realizar atividades conjuntas como: os acampamentos da juventude popular, formar a juventude e pautar a luta pela soberania alimentar, contra os agrotóxicos e a favor da agroecologia; a construir um novo modelo de comunicação popular; a fortalecer o internacionalismo; combater todo tipo de opressão; ocupar os latifúndios improdutivos; lutar contra o ajuste fiscal e a redução de direitos da classe trabalhadora; continuar avançando nas políticas de educação pública e popular, que se adeque à realidade dos estudantes; lutar contra o extermínio da juventude; a construir um coletivo estadual da juventude popular, na Bahia.

Nos solidarizamos com:

As vitimas do crime ambiental, causado pela Vale e a Samarco, na cidade de Mariana-MG; às famílias dos jovens assassinados, pela polícia militar, nas periferias dos estados: RJ, PA, RN, PB, BA  e todo o Brasil; os povos Guarani Kaiowá, no MS, assim como a luta e resistência dos povos originários. 

Com as famílias dos 13 jovens exterminados pela PM, no bairro do Cabula, em Salvador; com as vítimas da queimada na Chapada Diamantina; lançamos toda a nossa solidariedade aos companheiros Deodito, Leandro, Reinaldo, Claudenice, João Folhinha, Welton e José Gomes, militantes do MST, que estão com um mandado de prisão em aberto, acusados de resistência a um despejo, assim como também a tod@s militantes dos movimentos de luta pela terra e moradia, que sofrem despejos violentos, mas que seguem mostrando sua resistência, debaixo da lona preta, na luta pela  reforma urbana e pela reforma agrária popular.

A juventude tem um lado, o lado da classe trabalhadora.


Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra - MST
Movimento do Atingidos por Barragem - MAB
Movimento pela Soberania Popular na Mineração - MAM
Levante Popular da Juventude
Juventude do PT
Coletivo Quilombo
Coletivo de Entidades Negras – CEN
Marcha Mundial das Mulheres - MMM
Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT
Diretório Central dos Estudantes da UFBA
Núcleo feminista Leila Gonzalez
Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias – Neppa
Coletivo Universitário pela Diversidade Sexual - Kiu
Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA

Levante Popular da Juventude e Juventude do MST no 28º Encontro Estadual do MST

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Levante pelos direitos dos servidores públicos e contra prática oportunistas do esquerdismo

Acontece hoje, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) diversas votações para aprovação de Projetos de Lei que interferem nos direitos do funcionalismo público baiano, bem como, no cotidiano dos/as estudantes das universidades estaduais baianas. Diversos movimentos sociais, estudantis e sindicais constroem um ato unificado entre as categorias que serão atingidas caso os projetos de lei forem aprovados.

O Levante Popular da Juventude soma-se a construção entendendo que os direitos da classe trabalhadora e estudantil estão sendo duramente atacados pelo governo do estado, como também, pela casa legislativa estadual. Entendemos que é preciso unidade entre as forças populares num momento conjuntural difícil em que vivemos.

Após muita tensão, barramos a votação do PL 21631/15 que tiraria direitos, como a insalubridade, das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público baiano. Resistente à pauta do dia tínhamos o Programa Estadual de Assistência Estudantil, a ideia de um programa como esse não é um retrocesso, mas a forma e as condicionantes construídas para o programa, pelo governo, são impossíveis de serem aceitos. A título de exemplo, o projeto não consta um valor específico para a bolsa e seria definida de acordo a lei orçamentária anual, o que seria um retrocesso para os auxílios estudantis.

Porém, ao momento em que mais as/os estudantes necessitavam de uma unidade na luta contra a aprovação imediata do projeto, práticas sectárias, oportunistas e irresponsáveis dificultaram a ação do movimento. O Levante Popular da Juventude apoia os nossos militantes e de outras organizações que foram agredidos pela Polícia Militar e repudia a truculência utilizada pela mesma. Rechaçamos e repudiamos, também, a prática de outros movimentos de esquerda e estudantes independentes, que prendeu nosso militante, impedindo­-o de passar para a reunião com o relator, representando legitimamente a universidade ao qual é membro do Conselho Superior.

Mas uma vez, se confirma na prática, uma doença infantil dentro de movimentos irresponsáveis do esquerdismo, alegando a ilegitimidade da maior entidade estudantil da América Latina, a União Nacional dos/as Estudantes.

Seguiremos organizados na construção do Projeto Popular para as universidades baianas!

A UNE somos nós, nossa força e nossa voz! 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Entre montanhas e favelas, da Nicarágua ao Brasil: A juventude é fogo no pavio! - III Acampamento Municipal - Salvador


|| Entre montanhas e favelas, da Nicarágua ao Brasil:
A juventude é fogo no pavio! ||

Foi com esse espírito revolucionário, organizando a juventude para a transformação da realidade e construção de um Projeto Popular, que realizamos entre os dias 27 e 29 de novembro o nosso III Acampamento Municipal do Levante Popular da Juventude em Salvador.

A juventude representa 1/4 da população brasileira, e sempre esteve presente em todos os processos de transformação da realidade em todo o mundo. É nesse sentido que nós organizamos a juventude das escolas, bairros, universidades e trabalhadores/as. Com muita alegria e disciplina, mística revolucionária e compromisso com a luta do povo.

No primeiro dia, contamos com análise de conjuntura, no segundo debatemos a Formação Social e Econômica da Bahia e Salvador, quais são os desafios que temos na cidade e no estado, e os desafios da juventude brasileira. No 3º participamos da caminhada da Consciência Negra no bairro de Sussuarana e realizamos GTs sobre Finanças e projetos, Segurança Pública, Mundo do Trabalho, Comunicação Popular e Política de drogas. Bem como tivemos espaços auto-organizados.

Nesse III Acampamento, resgatamos a Revolução Sandinista, onde o povo organizado tomou o poder das mãos dos ditadores em 1979 na Nicarágua, trazendo que a juventude aqui ou lá, na montanha ou na favela, nas escolas, universidades ou fábricas querem ter uma vida digna, com direitos garantidos, oportunidades, liberdade e sem nenhum tipo de exploração, dominação ou opressão.

Confira as fotos AQUI.

Pátria Livre ou Morrer!

sábado, 14 de novembro de 2015

Jovens organizam atos na Bahia exigindo a saída de Eduardo Cunha


Salvador

Jovens de diversas organizações, movimentos sociais e independentes realizaram protestos e intervenções em todo o país nessa sexta-feira 13, tendo como principal bandeira a saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando da Casa Legislativa. Com grande mobilização nas redes sociais, as confirmações de interesse e participação no evento do facebook já ultrapassaram a marca de 70 mil pessoas. 
Feira de Santana

Na Bahia, aconteceram atividades e intervenções urbanas em mais de 10 cidades, como Cachoeira, Guanambi, Brumado, Jequié, Feira de Santana, Salvador, Vitória da Conquista, Caetité, Ilhéus, Cruz das Almas. Em Salvador e Itabuna aconteceram atos no centro da cidade, somando juntos mais de 300 pessoas.  Em Feira de Santana, Cruz das Almas e Vitória da Conquista aconteceram eventos no centro da cidade com apresentações culturais, panfletagem, batucada e intervenções lúdicas. Em Cachoeira, uma faixa dizendo "Fora Cunha" foi estendida na ponte Cachoeira-São Félix, local histórico da região. Lambes e "faixas decoraram" as ruas de diversas cidades pelo estado. 

Cachoeira
Para Patrícia Chaves, coordenadora nacional do Levante Popular da Juventude, "Essa mobilização tem o objetivo de mostrar para a sociedade e para o Congresso que não estamos satisfeitos com a forma de fazer política". Thays Carvalho, também da coordenação nacional, afirma que "Cunha é hoje o maior inimigo da juventude brasileira e representa o conservadorismo e retrocesso do atual sistema político. É preciso tirar Cunha do poder sim, mas entendemos que só através da Constituinte conseguiremos uma real transformação na política."

O Levante Popular da Juventude já vem realizando diversas ações exigindo a saída de Cunha da Câmara, como o escracho que ocorreu em frente à casa do Deputado em Brasília no dia 2 de novembro. Ainda na quarta-feira (4), houve a “devolução” dos dólares da Suíça durante uma entrevista coletiva, fato que levou à prisão dos militantes Thiago Ferreira e Carla Bueno. Além disso, o movimento realizou uma série de intervenções por todo o país.

Itabuna

Vitória da Conquista
Além da Bahia, os outros estados mobilizados foram Espírito Santo, Goiânia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Maranhão, Ceará, Piauí, Alagoas, Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais.